7 índices contábeis que você precisa conhecer para o sucesso da empresa

30 jul

7 índices contábeis que você precisa conhecer para o sucesso da empresa

Você sabia que existem índices contábeis capazes de medir a saúde financeira do seu negócio? Pois entender esses indicadores pode elevar o nível de gestão da sua empresa a um patamar consideravelmente superior!

Ainda assim, poucos empresários e gestores conhecem esses índices contábeis e a sua importância para a empresa, tampouco aplicam essas ferramentas em seus negócios. Pensando nisso, decidimos escrever este artigo explicando os 7 principais deles para te ajudar a alcançar o sucesso em sua empresa.

Continue lendo e confira!

Os índices contábeis e a sua importância para a empresa

Em suma, os índices contábeis funcionam como uma ferramenta de gestão financeira e servem para avaliar a saúde do negócio utilizando dados registrados pela própria contabilidade da empresa, como do balanço patrimonial e da demonstração de resultados.

Os processos que envolvem o trabalho do setor de contabilidade produzem uma diversidade de informações — que, quando organizadas e analisadas, fornecem insumos para o apoio e desenvolvimento de ações estratégicas à gestão do negócio.

Os índices visam, assim, medir o desempenho do negócio, apresentando indicadores sobre a sua rentabilidade, endividamento e capacidades de pagamento das despesas de curto e longo prazo.

Com eles, é possível saber se uma empresa tem um endividamento alto, por exemplo, se é capaz de liquidar suas despesas com capital próprio, entre outras informações importantes. Logo, o monitoramento desses índices ilustra a situação financeira do negócio como um todo, e pode ser um instrumento importante para avaliação e tomada de decisões.

Então, para começar a aplicar as índices contábeis no planejamento financeiro da sua empresa, confira a seguir os índices mais importantes que você deve utilizar!

Usar bons KPIs de gestão na empresa

Os KPIs, ou indicadores-chave de performance, podem variar de empresa para empresa. Isso porque eles são definidos na fase de planejamento estratégico, para que os resultados do negócio sejam analisados considerando esses indicadores. Logo, requer um entendimento profundo sobre o que se espera da companhia a curto, médio e longo prazo. Portanto, uma boa clareza de objetivos deve ser a palavra de ordem na elaboração do planejamento estratégico.

Para saber mais sobre KPIs, preparamos para você este ebook!

Então, para começar a aplicar os índices contábeis no planejamento financeiro da sua empresa, confira a seguir os índices mais importantes que você deve utilizar!

1. Índice de Liquidez Geral (ILG)

Esse indicador mede a saúde financeira da empresa a longo prazo, considerando direitos e obrigações (vendas parceladas, parcelas de empréstimos, aplicações a longo prazo, etc.) em um período de, no mínimo, 12 meses.

Ele é calculado pela divisão do ativo circulante (todo dinheiro que a empresa tem em caixa, bancos ou aplicações de curto prazo), mais o ativo não circulante (valores que a empresa tem a receber), pelo passivo circulante (dívidas de curto prazo) e o passivo não circulante (dívidas de longo prazo). Então:

liquidez geral = (ativo circulante + ativo não circulante) / (passivo circulante + passivo não circulante)

O ideal é que o resultado desse índice seja sempre maior do que 1. Isso significa que a cada R$ 1,00 existente no passivo (dívidas) você tem exatos R$ 1,00 para pagar com recursos próprios.

Nesse caso, existe um empate entre despesas e valores em caixa, mas o ideal mesmo é que seja sempre maior do que 1.

2. Índice de Liquidez Imediata (ILI)

Esse indicador mede a relação direta entre os valores disponíveis da empresa e as dívidas de curto prazo. Dessa forma, é um índice mais conservador, pois considera apenas os fatores caixa, saldos bancários e aplicações financeiras para ser calculado, ou seja, apenas fatores de liquidez imediata. Sua fórmula:

liquidez imediata = liquidez disponível / passivo circulante

Excluindo outros fatores como estoques, contas e valores a receber, esse índice se faz mais importante para analisar a situação financeira da empresa em curto prazo. E, assim como no Índice de Liquidez Geral, é desejável que o ILI imediata seja sempre maior do que 1.

3. Índice de Liquidez Corrente (ILC)

O ILC é considerado o indicador mais importante para um negócio. Ele demonstra se a empresa tem condições de pagar as obrigações de curto prazo com os valores existentes em seu ativo circulante.

Para isso, é calculado dividindo-se a soma dos direitos a receber em curto prazo (contas de caixa, estoques, clientes a receber etc.) pela soma de dívidas de curto prazo (empréstimos, financiamentos, tributação e pagamento de fornecedores). Essas informações também podem ser obtidas por meio do balanço patrimonial. O cálculo:

liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante

Quando o resultado é maior do que 1, significa que a empresa tem capacidade para liquidar essas obrigações. Se for igual a 1, significa que ambos valores são equivalentes. Quando menor, indica que a empresa não é capaz de quitar totalmente suas obrigações de curto prazo, caso fosse necessário.

Outro indicador que mencionamos aqui, bastante similar ao ILC, é o Índice de Liquidez Seca (ILS), que é calculado da mesma forma.

O que muda no caso do ILC é a exclusão dos estoques no cálculo, que não apresentam liquidez compatível com o grupo patrimonial correspondente. Assim, em função da exclusão dos estoques, o valor final será inferior ao ILC:

liquidez seca = (ativo circulante – estoques) / passivo circulante

Capital de giro

Quando a empresa está verificando a quantidade de dinheiro em caixa para fazer as suas operações diárias, significa que o capital de giro é líquido. No momento em que o negócio não tiver condições de operar com o seu capital líquido, ele passa a recorrer a terceiros, como investidores e bancos que concedem empréstimo; neste caso, o capital é do tipo próprio.

4. Índice de Endividamento Geral (IEG)

O indicador de endividamento geral mede, exatamente, quanto do ativo de uma empresa foi adquirido com recursos de terceiros e ainda consta em aberto. Em outras palavras, demonstra a proporção de ativos possuídos pela empresa, mas financiados por terceiros — ou seja, dívidas que devem ser quitadas no futuro.

Seu cálculo é bem simples, bastando somar o total de capital de terceiros (passivos de curto prazo e longo prazo) e dividir pelo total de ativos possuídos pela empresa. Então:

índice de endividamento geral = (passivo circulante + passivo não circulante) / (ativo circulante + ativo não circulante)

Quanto menor for o índice, melhor a situação de endividamento da empresa, pois menor será o risco de inadimplência. Logo, o ideal é que esse valor seja menor do que 1.

Se uma empresa apresenta um índice de 0,80, por exemplo, significa que 80% do seu ativo total foi financiado com recursos de terceiros. Isso quer dizer que a empresa é altamente dependente do capital de terceiros para manter suas operações.

5. Índice de Composição do Endividamento (ICE)

Esse indicador mostra como estão distribuídas as obrigações da empresa perante terceiros (fornecedores e credores diversos), desenhando, assim, qual é o perfil de endividamento da empresa.

Basicamente, ele demonstra como se dá a relação entre o passivo de curto prazo e o passivo total da empresa — ou seja, quanto do passivo de curto prazo está sendo usado no financiamento do empréstimo de terceiros.

Ele é calculado dividindo o passivo circulante pela soma da mesma conta com o passivo não circulante:

composição do endividamento = passivo circulante / passivo total

Nesse caso, também é importante que o resultado seja menor do que 1%.

O percentual apurado no cálculo é o equivalente à dívida de curto prazo que a empresa tem. Então, se o seu negócio apresenta um ICE de 0,60, significa que 60% das suas dívidas são de curto prazo, e será necessário mais investimento no capital de giro para cumprir com as obrigações.

Esse é um índice de grande importância para compreender o grau de comprometimento da empresa em curto e longo prazo. Sendo usado em conjunto com outros dos índices citados, pode dar uma ideia bastante precisa de como andam os financiamentos da empresa, e ainda apontar algumas soluções possíveis.

6. Indicadores de imobilização

Os indicadores contábeis de imobilização são divididos de duas maneiras: patrimônio líquido e ativo total. No primeiro caso, é feita uma mensuração do ativo não-circulante da empresa, lembrando que este consiste em tudo aquilo que não possui facilidade de liquidez, aumentando, portanto, a dependência do negócio em relação a financiamentos externos.

Já em relação ao segundo, existe uma diferença sutil. Enquanto o patrimônio é a diferença entre os ativos e passivos, o ativo total é a soma dos ativos circulante e não-circulante, de modo que é feita uma relação percentual entre ambos.

7. Indicadores de rentabilidade

Como o nome sugere, os indicadores de rentabilidade são usados para mensurar o quanto a empresa obtém em termos de retorno. As principais formas de medir a rentabilidade são:

  • retorno sobre o ativo: é a relação percentual entre o lucro operacional e o ativo total;
  • EBITDA: o cálculo deste indicador é feito pela soma entre lucro operacional líquido, depreciações e amortizações;
  • margem líquida: mostra o percentual que cada investidor ganha com as vendas, após deduzir despesas e o imposto de renda.

Como um sistema de gestão pode ajudar a acompanhar os índices contábeis?

Um sistema integrado de gestão é responsável por interligar os setores do negócio, de modo a facilitar o compartilhamento de informações. Isso é importante para dar aos gestores uma visão sistêmica da empresa, auxiliando na identificação de falhas e pontos de ineficiência.

Empresas que não usam soluções integradas de gestão tendem a ter dificuldade em gerir suas informações, principalmente no atual cenário de transformação digital. O dinamismo do mercado tornou obsoleta a decisão do gestor com base na intuição, exigindo maior agilidade no fluxo de dados.

Cada um dos indicadores citados no texto pode ser melhor acompanhado por um sistema de gestão. Planilhas e softwares que atuam praticamente confinados em seus setores são uma grande fonte de erro e retrabalho, inclusive na obtenção precisa dos indicadores contábeis.

Equívocos relacionados, por exemplo, ao recolhimento de tributos são passíveis de acontecer quando as atividades são feitas manualmente. Um sistema de gestão, portanto, automatiza tarefas e agiliza o fluxo de dados, o que aumenta bastante a precisão e confiabilidade das informações que estarão nos indicadores contábeis do negócio.

Enfim, usando os indicadores que vimos aqui, a sua empresa já estará um passo mais perto de uma gestão financeira e contábil de excelência. Não se esqueça de que cada índice tem sua finalidade, mas o cruzamento das informações pode fornecer insights valiosos para a tomada de decisão.

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